Filmes clássicos de Amácio Mazzaropi agora estão disponíveis gratuitamente no Banco de Conteúdos Culturais com apoio da Lei Paulo Gustavo
Seis clássicos do cinema brasileiro, protagonizados pelo icônico Amácio Mazzaropi, estão agora disponíveis de forma gratuita no site da Cinemateca Brasileira. A iniciativa faz parte de um projeto de digitalização da obra do comediante, que visa difundir e preservar a memória audiovisual nacional. Os filmes podem ser assistidos no Banco de Conteúdos Culturais (BCC), que também reúne fotografias, cartazes e textos sobre a trajetória do artista.
“No Banco de Conteúdos, essas obras se relacionam com uma série de outros materiais, enriquecendo a fruição dos pesquisadores e cinéfilos. A publicação dos filmes no BCC é uma forma de atingir aqueles que não puderam acompanhar a mostra realizada em São Paulo e Taubaté. É uma maneira de democratizar o acesso a todo o público”, afirma Gabriela Queiroz, diretora técnica da Cinemateca Brasileira, à Agência Gov.
Entre os títulos está a estreia de Mazzaropi no cinema, Sai da Frente (1952), produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Além deste, os filmes O Corintiano (1966), com cenas reais de jogos do Corinthians, e Candinho (1953), onde Mazzaropi dá vida ao personagem caipira que se tornaria sua marca registrada.
Completam a seleção Zé do Periquito (1961), O Lamparina (1964) e O Puritano da Rua Augusta (1966). Os títulos contemplam momentos fundamentais da carreira do ator, roteirista, produtor e diretor, que marcou gerações com sua interpretação do caipira brasileiro. Segundo Gabriela, a digitalização foi minuciosa e durou cerca de um ano, envolvendo análise de materiais, escaneamento em 4K e a criação de arquivos para exibição em alta qualidade.
O projeto nasceu de uma parceria entre a Cinemateca e o Museu Mazzaropi, com financiamento de R$ 200 mil da Lei Paulo Gustavo (LPG), promovida pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. A ação incluiu, além da digitalização, mostras e debates sobre a obra do artista em São Paulo e Taubaté.
“A digitalização dos filmes de Mazzaropi representa um gesto de preservação e democratização da memória audiovisual brasileira”, ressalta Joelma Gonzaga, secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, também à Agência Gov. Ela defende que o projeto amplia o acesso ao legado de um dos nomes mais queridos do cinema nacional.
A Cinemateca Brasileira, gestora do BCC, é reconhecida como a maior guardiã do cinema da América do Sul. Seu acervo ultrapassa 40 mil títulos, além de documentos textuais, fotográficos e iconográficos. Fundada em 1949, é hoje mantida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, qualificada pelo Governo Federal como Organização Social desde 2021.
Com a iniciativa, o público pode, gratuitamente, reviver a genialidade de Mazzaropi, redescobrir um humor genuinamente brasileiro e valorizar a memória cultural do país.
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