Filme “Homem com H” destaca trajetória de Ney Matogrosso e reforça papel transformador de artistas revolucionários

Que Ney Matogrosso é um sucesso estrondoso desde que surgiu, ninguém tem dúvidas, mas mergulhar em seu universo de criação e originalidade proporciona uma experiência ainda mais incrível. É justamente isso que o recém-lançado filme na Netflix, Homem com H, proporciona ao telespectador. Uma viagem não só na história do artista, mas também na trajetória da música popular brasileira.

Com uma narrativa que mistura drama e musicalidade, a obra mergulha na gênese de um artista que transformou o palco em território de liberdade, provocação e invenção. Interpretado por Jesuíta Barbosa, Ney ganha vida em cenas que resgatam momentos decisivos de sua carreira, revelando os bastidores de sua criação artística, marcada por performances ousadas, vocal marcante e um estilo performático que desafiava convenções.

O longa destaca como Ney enfrentou a censura e a resistência da indústria fonográfica para afirmar sua estética singular, pautada pela sensualidade, expressão corporal e transgressão de gênero, elementos que hoje são referências na cena musical. Mais do que uma biografia, Homem com H oferece um panorama da música popular brasileira através do olhar de um artista que soube se reinventar sem abdicar da autenticidade.

O filme também toca em aspectos pessoais, como sua relação com Cazuza, mas o foco permanece na potência do palco como lugar de resistência e arte.

Ao revisitar décadas de carreira, a produção mostra como Ney Matogrosso não apenas cantou, mas performou uma revolução sem fugir de sua essência. E segue, ainda hoje, sendo aplaudido por isso.

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