Gripe, resfriado e infecção de garganta: entenda a diferença e o tratamento, segundo especialista

Apesar dos sintomas parecidos, causas e tratamentos são distintos e exigem atenção para evitar complicações

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  • . atualizado em 27/06/2025 às 14:54
gripe e infecção de garganta

É comum confundir gripe, resfriado e infecção de garganta, especialmente durante os períodos mais frios ou secos do ano. Embora os sintomas sejam semelhantes, as causas dessas doenças são diferentes, o que altera completamente a forma como devem ser tratadas.

A gripe é causada pelo vírus influenza, que atinge as vias respiratórias. Seus sintomas incluem febre alta, dores no corpo, calafrios, tosse seca e fadiga. Já o resfriado é provocado por diversos vírus, principalmente o rinovírus, e costuma se manifestar com coriza, espirros e congestão nasal. A infecção de garganta, por sua vez, pode ter origem viral ou bacteriana. As infecções bacterianas, como as causadas pelo estreptococo, tendem a ser mais agressivas e geralmente requerem o uso de antibióticos.

Heloina Claret de Castro, médica infectologista da Unimed Goiânia, explicou ao portal Gazeta Culturismo que no caso dos resfriados, mesmo o rinovirus sendo o mais comum, os sintomas podem ser confundidos com adenovirus, metapneumovirus, virus sincicial respiratório e coronavirus. Contudo, os mesmos sintomas estão interligados a influenza. “A diferença é que alguns tendem a complicar gravemente em determinadas condições”, destaca.

De acordo com especialistas, o erro mais comum é tentar tratar todas essas condições da mesma maneira, sem um diagnóstico adequado. A automedicação, especialmente com antibióticos, pode agravar o quadro e contribuir para o desenvolvimento de resistência a tratamentos futuros.

Gripe, resfriado e infecção de garganta: diagnóstico correto evita complicações graves

Ao primeiro sinal de sintomas, é essencial procurar um médico. Apenas exames clínicos e laboratoriais podem indicar se o problema é viral ou bacteriano. “A infecção de garganta tem várias causas. As mais comuns são as virais, mas também podem ser por bactérias, fungos e até ISTs”, explica a médica.

A gripe, quando bem tratada, tende a melhorar em até uma semana. No entanto, pode evoluir para complicações como pneumonia, especialmente em idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. Já as infecções de garganta bacterianas podem causar abscessos e até febre reumática se não forem tratadas corretamente.

Ficar atento aos sinais do corpo e manter a hidratação são atitudes simples que ajudam na recuperação. “A depender da causa pode se tratar com antivirais ou antibióticos. Analgésicos e anti-inflamatórios podem amenizar os sintomas”, detalha a especialista.

Prevenção ainda é o melhor remédio

A principal forma de evitar a gripe é a vacinação anual, disponível gratuitamente na rede pública. Já para as infecções de garganta, não existe vacina específica, mas é possível reduzir os riscos com hábitos saudáveis. “O ideal é evitar aglomerações em ambientes fechados e uso de máscaras em determinadas condições”, acrescenta Heloina.

Fortalecer a imunidade com alimentação equilibrada, sono adequado e prática de atividades físicas também é essencial. Além disso, a especialista ainda desmente algumas crenças populares sobre o que causaria a gripe, resfriados e infecções de garganta: “a gripe é causada apenas pelo vírus influenza. Já os resfriados e infecções de garganta não têm relação com, por exemplo, o consumo de sorvete e líquidos gelados, banho de chuva, dormir com o cabelo molhado, beber no mesmo copo, etc”.

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